Revisão das recomendações para o rastreamento do câncer de próstata
A recomendação de não rastrear a doença em homens com mais de 69 anos ainda persiste, porém a modificação se aplica apenas aos homens de 55 a 69 anos que desejam iniciar o rastreamento preventivo do câncer de próstata.
Os pesquisadores deixam claro que o homem deve ser informado pelo seu médico sobre todos os riscos e benefícios associados ao rastreamento, uma vez que nem todos os tipos de câncer de próstata são agressivos e demandam tratamento de imediato, por não representar um risco à vida.
A recomendação atenta ainda para o fato de mais de 70% dos homens diagnosticados a doença é detectada em um estágio inicial. Destes casos, cerca de 30% se enquadra em um grupo conhecido como de muito baixo risco, o que significa que a doença pode nunca vir a manifestar qualquer sintoma o ameaçar a vida do homem.
Todo homem também deve estar ciente dos riscos relacionados a biópsia prostática, como infecção urinária e sangramentos, assim como ser bem orientado sobre possíveis complicações em decorrência do próprio tratamento, como incontinência urinária e e impotência sexual.
O rastreamento quando indicado, deve ser feito com dosagens regulares do PSA e o exame Digital retal, conhecido como toque retal.
O PSA é uma proteína dosada no sangue que se encontra elevada em doenças benignas ou malignas da próstata. Todo urologista é capaz de diferenciar através de uma consulta clínica, exame físico detalhado, outros testes laboratoriais, assim como exames de imagem, as possíveis causas que levam a alteração deste exame.
No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a recomendação para o rastreamento do câncer de próstata e vale para todo homem a partir dos 50 anos de idade até os 75 anos, através de uma consulta médica anual, toque retal e dosagem sanguínea do PSA.
Em homens da raça negra ou que tiveram um pai ou irmão diagnosticados com câncer de próstata antes dos 65 anos, devem iniciar o rastreamento da doença aos 45 anos.
Em um futuro próximo, com o aprimoramento de novos testes genéticos feitos através da urina, poderemos ver o surgimento de novas ferramentas pouco invasivas para o rastreamento do câncer depróstata, assim como a possibilidade de identificação precoce apenas das formas agressivas da doença, minimizando assim os efeitos relacionados ao tratamento em homens com doença de pouca agressividade.
Dr. Bruno Benigno
Uro-oncologista
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